Em te dando uma vitela, logo vai por ela

Em te dando uma vitela, logo vai por ela.
 ... Em te dando uma vitela, logo vai por ela.

Adverte que uma oferta ou generosidade aparente pode ser temporária, condicionada ou seguida de exigências; não confiar cegamente em dádivas.

Versão neutra

Quando alguém lhe dá algo valioso, é provável que o retire ou peça algo em troca pouco depois.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o para alertar alguém sobre ofertas suspeitas ou generosidade que pareça ter condições ocultas, especialmente em negociações, política ou relações com assimetrias de poder.
  • Significa que nunca se devem aceitar presentes?
    Não; significa que é sensato avaliar a intenção e as condições associadas a um presente, não rejeitar toda a generosidade por princípio.
  • É um provérbio ofensivo?
    Depende do contexto: pode soar desconfiado ou cínico se usado diretamente contra quem oferece algo. Em geral é uma advertência prática, não um insulto.
  • Tem uso regional ou histórico específico?
    A expressão parece popular e proverbial em português, mas a origem exacta não é conhecida; a ideia é comum em muitas culturas.

Notas de uso

  • Uso cauteloso em contextos familiares, comerciais ou políticos para alertar contra ofertas com intenções ocultas.
  • Tom geralmente desconfiado; não é um elogio à desconfiança permanente, antes um aviso prático.
  • Aplicável quando há assimetria de poder ou vantagem: quem dá pode esperar retribuição ou vir a reclamar o que deu.

Exemplos

  • O empresário desconfiou da proposta gratuita: «Em te dando uma vitela, logo vai por ela» e pediu garantias por escrito.
  • Na política local, aceitar apoios sem condições gerou problemas; muitos repetiam a máxima: «Em te dando uma vitela, logo vai por ela».

Variações Sinónimos

  • Quando a esmola é muita, o santo desconfia.
  • Não há almoços grátis.
  • Desconfia das ofertas sem explicação.

Relacionados

  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Não há almoços grátis.
  • Quando a esmola é muita, o santo desconfia.

Contrapontos

  • Nem toda oferta tem segundas intenções; generosidade sincera existe e é socialmente valorizada.
  • Reciprocidade é uma norma social — aceitar um presente pode implicar um desejo legítimo de retribuição, não necessariamente manipulação.
  • Direitos legais podem proteger quem recebe um bem (por exemplo, doações formalizadas), pelo que a receção nem sempre resulta em perda posterior.

Equivalentes

  • inglês
    Beware of Greeks bearing gifts; there's no such thing as a free lunch.
  • espanhol
    Cuidado con los regalos: muchas veces tienen truco (equivalente aproximado).