Faze bem a vilão, morder-te-á a mão; castiga o vilão, beijar-te-á a mÃ

Faze bem a vilão, morder-te-á a mão; castiga o  ... Faze bem a vilão, morder-te-á a mão; castiga o vilão, beijar-te-á a mão.

Advertência popular de que muita gente má ou ingrata pode aproveitar-se da benevolência e prejudicar quem a pratica; por vezes a repreensão ou punição gera obediência ou fingida gratidão.

Versão neutra

Fazes bem a um vilão, ele morder-te-á a mão; castigas o vilão, ele beijar-te-á a mão.

Faqs

  • O provérbio significa que nunca se deve ajudar alguém mau?
    Não. Mais do que desaconselhar toda a ajuda, o provérbio alerta para a necessidade de prudência: distinguir quem pode ser reabilitado de quem tende a explorar a benevolência.
  • É um apelo à violência ou punição excessiva?
    Não necessariamente. Refere-se a impor limites e consequências; interpretações que justifiquem crueldade estão fora do espírito original do aviso popular.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Ao aconselhar cautela perante pessoas repetidamente desonestas ou exploradoras, ou ao justificar a aplicação de regras e sanções para evitar abusos.

Notas de uso

  • Usado para avisar contra a ingenuidade ao tratar pessoas comprovadamente desonestas.
  • Aplica-se em contextos pessoais, profissionais e sociais, como advertência sobre limites e consequências.
  • Não justifica crueldade; refere-se a prudência e à ideia de que a tolerância excessiva pode ser explorada.
  • Em discurso moderno, pode ser invocado ao discutir disciplina, coerção e reformas comportamentais.

Exemplos

  • No trabalho, o gerente percebeu que poupar advertências ao funcionário desonesto só agravava os abusos: 'faze bem a vilão, morder-te-á a mão'.
  • Ao vizinho que rouba lenha, a família deixou de ser complacente — porque já tinham aprendido que, se sempre permitirem, serão explorados.

Variações Sinónimos

  • Não alimentes o cão que te morde.
  • Dar a mão e perder o braço.
  • No good deed goes unpunished (equivalente em inglês, por sentido).

Relacionados

  • No good deed goes unpunished (provérbio/expressão inglesa com sentido próximo).
  • Quem semeia ventos colhe tempestades (sobre consequências das ações, por oposição/complentação).
  • Princípios de disciplina e limites em educação e gestão.

Contrapontos

  • A bondade pode, em muitos casos, reformar comportamentos; generalizar pode levar a cinismo.
  • Punir nem sempre produz obediência sincera — pode gerar ressentimento ou retaliação futura.
  • Abordagens restaurativas e educativas podem ser mais eficazes a longo prazo do que punitivas.

Equivalentes

  • Inglês
    Treat a villain well and he will bite your hand; punish him and he will kiss your hand. / No good deed goes unpunished.
  • Espanhol
    Haz bien al villano, te morderá la mano; castíga al villano, te besará la mano.
  • Francês
    Fais du bien au méchant, il te mordra la main; châtie-le, il t'embrassera la main.

Provérbios