Gavião pega pinto, mas respeita galo.
Os mais fortes aproveitam-se dos mais frágeis, mas não se confrontam com quem também é poderoso.
Versão neutra
Os poderosos exploram os fracos, mas não atacam outros poderosos.
Faqs
- Qual é a ideia principal deste provérbio?
Que, em muitas situações, quem tem mais poder ou recursos tende a explorar os mais vulneráveis, mas raramente provoca alguém com igual ou maior poder. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se descrevem dinâmicas de poder, abuso selectivo ou oportunismo em contextos como relações de trabalho, política, negócio ou convivência comunitária. - O provérbio apoia esse comportamento ou critica-o?
Depende do tom e do contexto. Pode ser usado de forma descritiva, neutral, ou como crítica moral ao oportunismo e à exploração. - Qual é a origem desta expressão?
A origem exacta não é documentada; trata‑se de sabedoria popular que usa a observação do comportamento animal para ilustrar relações humanas.
Notas de uso
- Usa-se para descrever relações de poder: quem tem força ou influência explora os vulneráveis, mas evita enfrentar pares ou superiores.
- A imagem recorre a aves de rapina e à hierarquia entre aves domésticas, traduzindo observação popular do comportamento animal para situações humanas.
- Emprega-se em contextos sociais, políticos, empresariais ou comunitários para justificar ou criticar atitudes de seletividade na agressão ou exploração.
- Não implica automaticamente aprovação; pode ser usada tanto para constatar um facto social como para censurar comportamentos oportunistas.
Exemplos
- Na reunião, a diretora aproveitou-se das propostas dos assistentes menos experientes, ignorando-as depois de as apropriar — gavião pega pinto, mas respeita galo.
- No mercado local, as empresas pequenas são pressionadas por uma grande distribuidora que não arrisca entrar em conflito com a liderança de outra cadeia maior; é o clássico caso do gavião que pega pinto mas respeita galo.
Variações Sinónimos
- Gavião come pinto, mas não enfrenta galo.
- O forte aproveita-se do fraco, mas não desafia outro forte.
- O predador ataca os frágeis e evita os poderosos.
Relacionados
- O peixe grande come o pequeno.
- Quem tem força, manda.
- Pássaro engolido por outro pássaro (imagem similar de hierarquia alimentar).
Contrapontos
- Nem sempre o forte vence — às vezes os fracos unem-se e resistem.
- A justiça deve proteger os mais fracos, contrariando a lei do mais forte.
- Quem semeia abuso pode colher oposição; o poder nem sempre permanece intocado.
Equivalentes
- Inglês
Big fish eat little fish. / The strong prey on the weak but avoid their equals. - Espanhol
El pez grande se come al chico. / El fuerte se aprovecha del débil, pero respeta a otro fuerte. - Francês
Les gros mangent les petits. / Le fort profite du faible mais évite son égal. - Alemão
Die Großen fressen die Kleinen. / Der Starke nutzt den Schwachen aus, aber meidet seinen Gleichgestellten.