Mal ladra o cão, quando ladra de medo.
Indica que a agressividade verbal ou as ameaças frequentemente surgem da insegurança ou do medo, não da força.
Versão neutra
Aqueles que actuam com agressividade muitas vezes o fazem por medo ou insegurança.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para comentar comportamentos agressivos ou ruidosos que parecem ser uma fachada de medo ou insegurança, especialmente em conversas informais ou críticas. - O provérbio é ofensivo?
Por si só não é grosseiro, mas pode ser interpretado como depreciativo se aplicado directamente a uma pessoa. É melhor usar com cuidado e em contexto explicativo. - É igual a 'cão que ladra não morde'?
Não exactamente. 'Cão que ladra não morde' significa geralmente que quem faz muito barulho raramente causa dano; o provérbio em causa sublinha que o barulho surge por medo ou insegurança.
Notas de uso
- Usa‑se para explicar ou criticar comportamentos ruidosos, agressivos ou intimidatórios que revelam fragilidade interior.
- Aplica‑se tanto a pessoas como a grupos e pode referir‑se a reacções retóricas (insultos, ataques verbais) motivadas por receio.
- Normalmente tem tom explicativo ou correctivo, não literal sobre cães.
Exemplos
- Quando o chefe começou a gritar, alguns colegas perceberam que era nervosismo—mal ladra o cão, quando ladra de medo.
- O político insultou os críticos com afirmações exageradas; foi um claro caso de 'mal ladra o cão, quando ladra de medo', mais defesa do que razão.
Variações Sinónimos
- Quem ladra de medo, dá o medo a ver.
- Quem fala alto, por vezes é por fraqueza.
- A pior latida é a da insegurança.
Relacionados
- Cão que ladra não morde.
- Quem muito fala, pouco faz.
- Mais vale a prudência do que a bravata.
Contrapontos
- Nem toda a hostilidade verbal resulta de medo; pode ser estratégia deliberada de intimidação.
- Algumas pessoas alertam ou protestam com intensidade por genuína convicção, não por insegurança.
Equivalentes
- Inglês
A literal translation: "A bad bark is the dog's when it barks from fear." (No exact common equivalent; related idea: "Empty vessels make the most noise." / "Barking dogs seldom bite.") - Espanhol
«El que mucho ladra, poco muerde.» (próximo em sentido, enfatiza a falta de perigo real de quem faz muito barulho) - Francês
«Chien qui aboie ne mord pas.» (semelhante, sugere que a ostentação de violência não implica a sua concretização) - Italiano
«Chi abbaia non morde.» (equivalente comum que sublinha o mesmo contraste entre ruído e ameaça real)