Muito e bem não faz ninguém

Muito e bem não faz ninguém.

Ter abundância ou estar bem de vida não garante que alguém seja melhor, digno ou feliz; o excesso também pode ser prejudicial.

Versão neutra

Ter muito ou estar bem materialmente não torna ninguém melhor nem necessariamente mais feliz.

Qual é a origem deste provérbio?
A origem exacta não é identificada; faz parte do património de sabedoria popular e aparece em variantes regionais da língua portuguesa.
Significa que o dinheiro não serve para nada?
Não; o provérbio sugere que dinheiro ou abundância não garantem qualidades morais, felicidade ou dignidade por si só. Não nega utilidade prática dos bens.
Como usar este provérbio sem causar mal‑entendidos?
Esclareça o contexto: se fala de carácter, diga 'riqueza não faz ninguém melhor'; se fala de excessos, diga 'o excesso de bem faz mal'.

Usa‑se para sublinhar que riqueza, posses ou privilégios não definem necessariamente o carácter, a felicidade ou o valor de uma pessoa.
Pode também ser entendido como advertência contra a exuberância: demasiado de algo bom pode deixar de o ser.
Registo: popular e proverbial; aplicável em conversas informais e textos reflexivos. Em contextos formais, explique para evitar ambiguidade.
Se houver risco de confusão, clarifique se se refere a 'riqueza não faz ninguém melhor' ou a 'o excesso de bem é prejudicial'.

O pai do João tem uma grande fortuna, mas isso não lhe dá respeito entre os vizinhos — muito e bem não faz ninguém.
Depois de meses de festas e mimos, percebeu que o excesso de conforto o tornara apático — muito e bem não faz ninguém.