Não é pobre o que tem pouco, mas o que muito cobiça.

Não é pobre o que tem pouco, mas o que muito cob ... Não é pobre o que tem pouco, mas o que muito cobiça.

A verdadeira pobreza é a cobiça: ter poucos bens não torna alguém 'pobre' se esse alguém se contenta; ser insaciável é a verdadeira carência.

Versão neutra

Pobre não é quem tem pouco, mas quem deseja sempre mais e nunca se contenta.

Faqs

  • Qual é a ideia principal deste provérbio?
    Que a verdadeira falta está na cobiça e na insatisfação permanente; possuir pouco não é sinónimo de pobreza se existe contentamento.
  • Posso usar este provérbio numa conversa sobre finanças pessoais?
    Sim, é apropriado para discutir contentamento, consumo e prioridades financeiras, mas complemente com dados práticos quando a conversa envolver necessidades reais.
  • Este provérbio é velho ou tem origem religiosa?
    Não há origem fornecida aqui. A ideia de que a cobiça é uma pobreza moral aparece em várias tradições éticas e religiosas, mas não se deve atribuir uma origem específica sem fonte.
  • Pode ser ofensivo dizer isto a alguém pobre?
    Sim — usado de forma imprudente, pode parecer que se culpa a vítima. É mais adequado em reflexões gerais do que como comentário dirigido a quem enfrenta privações.
  • Quando não se aplica este provérbio?
    Em contextos de pobreza estrutural ou privação material severa, onde a falta de bens decorre de injustiças sociais e não de uma atitude de cobiça.

Notas de uso

  • Registo: familiar a culto; usado para transmitir uma lição moral sobre contentamento e avareza.
  • Contextos: discussão sobre consumo, finanças pessoais, ética no trabalho, aconselhamento informal ou literário.
  • Tom: pode ser repreensivo ou consolador — evite usá-lo para culpar pessoas em situação de carência material sem considerar fatores estruturais.
  • Risco de interpretação: pode soar moralizador; em debates sobre pobreza real, complemente com argumentos sobre desigualdade e necessidade.

Exemplos

  • O João vive com o essencial e é feliz; confirma-se o provérbio: não é pobre o que tem pouco, mas o que muito cobiça.
  • A empresa perdeu clientes porque a direção nunca ficou satisfeita com lucros médios e arriscou tudo; prova de que quem muito cobiça pode sair prejudicado.
  • Em conversas sobre minimalismo costumo lembrar que a verdadeira pobreza está na falta de contentamento, não na falta de posses.

Variações Sinónimos

  • Mais pobre é quem muito deseja do que quem pouco tem.
  • Não é pobre quem pouco tem, mas quem ambiciona sempre mais.
  • Quem vive de cobiça é mais pobre que o que tem pouco e se contenta.

Relacionados

  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Mais vale pouco e bem, do que muito e mal.
  • A avareza quebra o saco.

Contrapontos

  • O provérbio enfatiza a dimensão moral da pobreza, mas não invalida a existência de pobreza material real causada por falta de acesso a recursos e oportunidades.
  • Em situações de necessidade social, dizer que "não é pobre o que tem pouco" pode minimizar o sofrimento de quem falta bens essenciais.
  • Algumas pessoas usam a busca por mais bens como estratégia de melhoria social e segurança — nem toda ambição é automaticamente negativa.

Equivalentes

  • Inglês
    He is not poor that has little, but he that covets much.
  • Espanhol
    No es pobre quien tiene poco, sino quien codicia mucho.
  • Francês
    N'est pas pauvre celui qui a peu, mais celui qui convoite beaucoup.
  • Alemão
    Arm ist nicht, wer wenig hat, sondern wer viel begehrt.
  • Italiano
    Non è povero chi ha poco, ma chi desidera troppo.