Não faças aos outros o que te causaria dor

Não faça ao seu semelhante aquilo que para você, é doloroso.
Provérbios Judaicos

Orienta a tratar os outros com a mesma consideração com que queremos ser tratados, evitando ações que nos causariam sofrimento.

Versão neutra

Não faças aos outros aquilo que te causaria dor.

Este provérbio tem um autor conhecido?
Não: é uma formulação da Regra de Ouro, um princípio ético que aparece em várias tradições antigas e não tem um autor único identificado.
Como aplicar este provérbio no dia a dia?
Usar como guia de empatia: antes de agir, perguntar‑se se farias isso se estivesses na posição do outro; adaptar a ação às diferenças individuais e ao contexto.
Há situações em que a regra não se aplica?
Sim. Em casos de justiça impessoal, decisões coletivas ou quando preferências são assimétricas, pode ser necessário recorrer a outros princípios éticos além da simples simetria.

Expressa uma norma ética básica baseada na empatia e na reciprocidade.
Emprega-se em contextos morais, educativos e de mediação para promover respeito mútuo.
Não é uma regra jurídica; funciona como guia de conduta, não como solução para todos os conflitos.
Convém ter atenção às diferenças individuais: o que é doloroso para uma pessoa pode não o ser para outra.

Num debate de trabalho, lembra-te do provérbio: não interrompas nem ridicularizes um colega se não gostarias de ser tratado dessa maneira.
Ao educar uma criança, aplica a ideia de que não se devem impor castigos humilhantes porque, se fosses tu a sofrer isso, não o aceitarias.

Assume reciprocidade simétrica; não resolve situações em que as preferências ou necessidades são diferentes entre as pessoas.
Não distingue entre ações que causam dor justa (por exemplo, sanções legais) e ações injustas; a ética da justiça pode exigir atos que incomodem alguns para proteger outros.
Pode ser insuficiente em contextos profissionais onde decisões difíceis exigem priorização coletiva em vez de simetria individual.