Não há bonito sem senão, nem feio sem condão.

Não há bonito sem senão, nem feio sem condão.
 ... Não há bonito sem senão, nem feio sem condão.

Nenhuma qualidade é totalmente isenta de defeitos, nem nenhum defeito é totalmente destituído de qualidades.

Versão neutra

Nada é inteiramente bom sem defeitos, nem inteiramente mau sem alguma qualidade.

Faqs

  • O que significa este provérbio de forma simples?
    Significa que raramente algo ou alguém é perfeito: as qualidades vêm com defeitos e os defeitos podem conter qualidades.
  • Em que situações posso usar este provérbio?
    Use-o ao suavizar avaliações absolutas, ao reconhecer ambivalência em pessoas, obras ou decisões, tanto em conversas informais como em textos reflexivos.
  • Posso usá‑lo para justificar comportamentos maus?
    Não. O provérbio descreve ambivalência, mas não justifica actos prejudiciais ou imorais. Deve ser usado com critério ético.

Notas de uso

  • Provérbio de uso coloquial e literário que destaca a ambivalência das situações e das pessoas.
  • Emprega-se para temperar julgamentos absolutos — para lembrar que há sempre prós e contras.
  • Tom cuidado para não o usar como justificação para comportamentos prejudiciais; não torna aceitável o injustificável.
  • Registo: informal a semi-formal; apropriado em conversa, textos de reflexão e comentários críticos.

Exemplos

  • Depois de analisar o projecto, lembrou-se do velho provérbio: não há bonito sem senão, nem feio sem condão — há sempre pontos positivos e negativos.
  • Quando criticavam a obra, o crítico respondeu que não havia bonito sem senão, nem feio sem condão; até o filme mais imperfeito tem momentos de mérito.
  • Ao avaliar o funcionário, o gerente disse que não há bonito sem senão, nem feio sem condão — é preciso considerar tanto os erros como as qualidades.

Variações Sinónimos

  • Não há rosa sem espinhos (parcialmente análogo)
  • Nada é perfeito
  • Cada moeda tem duas faces
  • Nem tudo é preto no branco

Relacionados

  • Não há bela sem senão (variante antiga)
  • Nem tudo o que reluz é ouro (diferença: alerta contra aparências)
  • Há sempre dois lados da mesma história

Contrapontos

  • Algumas acções ou situações podem ser avaliadas como moralmente inaceitáveis independentemente de pequenas qualidades — o provérbio não deve servir de desculpa.
  • Na ciência e na lei procura-se objectividade; nem sempre a ambivalência popular é um critério suficiente para a decisão.
  • Em contextos onde são exigidos padrões éticos estritos, enfatizar os 'condões' pode ser inadequado.

Equivalentes

  • English
    There is no beauty without flaw, nor ugliness without some grace. (Similar: "Every rose has its thorn.")
  • Español
    No hay rosa sin espinas; nada es totalmente bueno ni totalmente malo.
  • Français
    Il n'y a pas de rose sans épines — rien n'est totalement beau ni totalement laid.