Não ter faz a ovelha correr

Não ter faz a ovelha correr.

A falta ou necessidade leva alguém a agir, procurar soluções ou arriscar-se para obter o que lhe falta.

Versão neutra

A falta leva à ação.

O que significa este provérbio?
Significa que a falta ou a necessidade leva as pessoas a tomar iniciativas, a adaptar-se ou a procurar soluções.
Em que contextos posso usar este provérbio?
Em conversas informais para explicar ou justificar ações motivadas por carência, por exemplo mudança de emprego, criação de alternativas ou iniciativas comunitárias.
É um provérbio ofensivo ou sensível?
Não é ofensivo por si; é uma expressão figurada. Deve contudo evitar-se usá-lo para justificar comportamentos ilegais ou para menosprezar quem sofre necessidade.

Provérbio de uso popular, com origem provável em contextos rurais; refere-se tanto a pessoas como a animais numa imagem metafórica.
Usa-se para justificar uma ação motivada por necessidade — por exemplo, trabalho extra, mudança de hábitos ou procura de alternativas.
Registo informal; adequado em conversas do dia a dia, crónicas ou textos de divulgação cultural, menos apropriado em contextos formais.
Pode ser empregado para explicar respostas práticas à carência, mas não deve servir para justificar atos ilegais ou imorais que resultem da necessidade.

Com o ordenado reduzido, teve de aceitar dois trabalhos: não ter faz a ovelha correr.
Quando diminuiu a água no poço, a comunidade procurou novas fontes — não ter faz a ovelha correr.

A falta nem sempre gera soluções positivas: pode conduzir ao desespero, a decisões precipitadas ou a comportamentos perigosos.
Algumas carências não são resolvidas apenas por vontade ou esforço individual; é preciso haver condições e apoio estrutural para que a ação seja eficaz.