 No mundo, só tem boa sorte quem tem por boa a que tem.
		
		No mundo, só tem boa sorte quem tem por boa a que tem.
					A sorte ou felicidade é, em grande parte, uma questão de contentamento: considera-se afortunado quem aceita e valoriza o que tem.
Versão neutra
No mundo, só é afortunado quem considera suficiente o que possui.
Faqs
- Quando é adequado usar este provérbio?
 É adequado em reflexões sobre felicidade, gratidão e prioridades pessoais, especialmente quando se quer sublinhar a importância do contentamento.
- Este provérbio implica que quem é pobre deve aceitar a pobreza?
 Não necessariamente. O provérbio fala da perceção de sorte e contentamento, mas não legitima nem substitui a necessidade de combater a pobreza e desigualdades sociais.
- Como aplicar este ensinamento na prática?
 Exercitando gratidão, avaliando prioridades e distinguindo entre necessidades reais e desejos. Ao mesmo tempo, reconhecer quando a ação colectiva ou individual é necessária para melhorar condições materiais.
Notas de uso
- Usa-se para sublinhar que a perceção de sorte depende da atitude pessoal, não apenas das circunstâncias externas.
- Tom habitual: sabedoria popular; registo neutro/formal em textos explicativos, coloquial em conversas.
- Não deve ser usado para desvalorizar esforços legítimos por melhoria social ou material.
- Aplicável em contextos de reflexão pessoal, gratidão e discussão sobre prioridades de vida.
Exemplos
- Depois de perder o emprego, aprendeu a valorizar a família e concluiu que, no mundo, só tem boa sorte quem tem por boa a que tem.
- Ao comparar-se constantemente com os outros nunca ficou satisfeito — percebeu que a felicidade só vem quando se aceita o que se tem.
- Numa conversa sobre bem-estar, o professor usou o provérbio para explicar que a perceção de sorte depende do contentamento pessoal.
Variações Sinónimos
- Quem se contenta é rico.
- Quem se contenta tem sorte.
- A felicidade está em querer o que se tem.
- Quem aceita o que tem vive afortunado.
Relacionados
- Quem se contenta é bem-aventurado.
- Não é mais rico quem mais tem, mas quem menos precisa.
- A gratidão aumenta a sensação de bem-estar.
- Reflexões estoicas sobre a indiferença aos bens externos.
Contrapontos
- Pode ser interpretado como justificativa para aceitar privação ou desigualdade social.
- Ambição e luta por melhores condições também são legítimas e necessárias para a justiça social.
- Contentamento não substitui políticas públicas que combatam a pobreza e a exclusão.
- Risco de promover conformismo quando usado sem atenção ao contexto material das pessoas.
Equivalentes
- Inglês
 Only those who regard what they have as good are truly lucky.
- Espanhol
 En el mundo, sólo tiene buena suerte quien considera buena lo que posee.
- Francês
 Dans le monde, seuls sont chanceux ceux qui jugent bon ce qu'ils ont.
- Alemão
 Im Leben hat nur Glück, wer das, was er hat, für gut hält.