O que engorda o fidalgo, emagrece a bolsa.
Gastar ou beneficiar alguém de posição elevada/ostentosa pode empobrecer os recursos pessoais ou comunitários; critério de prudência económica.
Versão neutra
O que beneficia uma pessoa privilegiada empobrece o orçamento.
Faqs
- Quando se deve usar este provérbio?
Usa‑se para chamar a atenção para gastos excessivos ou privilégios que pesam no orçamento familiar, associativo ou público; é útil em críticas de política económica ou em conversas sobre gestão doméstica. - O provérbio é ofensivo por usar ‘fidalgo’?
‘Fidalgo’ é um termo histórico que sugere alguém de posição privilegiada. O provérbio não pretende ofender por si, mas critica a atitude de ostentação ou de procura de privilégios que prejudicam os recursos comuns. - Tem equivalentes modernos mais neutros?
Sim. Uma versão neutra é «O que beneficia uma pessoa privilegiada empobrece o orçamento», que evita termos históricos e mantém a ideia central. - Este provérbio aplica‑se a despesa pública?
Sim. Frequentemente é usado para criticar gastos públicos injustificados ou privilégios de cargos que consomem fundos públicos em detrimento do bem comum.
Notas de uso
- Usa‑se para criticar ostentação, desperdício ou privilégios que penalizam a economia familiar ou pública.
- Tom frequentemente irónico ou moralizante; aplicado tanto a indivíduos ricos que vivem acima das posses como a funcionários/autoridades cujo luxo pesa no orçamento comum.
- Registo: proverbio, informal; adequado em conversas, comentários sociais e críticas económicas, menos em textos formais sem explicação.
- Gramática: ‘fidalgo’ é termo histórico/social que remete para a nobreza — em contexto moderno pode referir qualquer pessoa de posição privilegiada.
Exemplos
- Os lucros foram para a festa do presidente da associação; como se costuma dizer, o que engorda o fidalgo, emagrece a bolsa — e o resto da coletividade sofreu cortes.
- Quando o filho quer a melhor escola particular e a família não pode pagar, a avó suspirou: “O que engorda o fidalgo, emagrece a bolsa”. Aqui reclama‑se prudência nas despesas familiares.
Variações Sinónimos
- O que engorda o fidalgo, empobrece a bolsa
- Onde o fidalgo gasta, a bolsa emagrece
- O luxo do fidalgo é a fome da bolsa
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- Quem tudo quer, tudo perde
- Não se deve gastar mais do que se tem
Contrapontos
- Quem dá aos pobres, empresta a Deus (valorização da generosidade)
- Mais vale dar do que receber (ênfase na caridade e partilha)
Equivalentes
- Inglês
What fattens the nobleman thins the purse (literal); meaning: lavish spending by the privileged drains the funds. - Espanhol
Lo que engorda al hidalgo, adelgaza la bolsa (tradução literal). - Francês
Ce qui engraisse le seigneur, amincit la bourse (tradução literal).