O trabalho não azeda

O trabalho não azeda ... O trabalho não azeda

Expressa a ideia de que o trabalho é benéfico: ocupa, dignifica e evita males da ociosidade; não estraga por ser actividade útil.

Versão neutra

O trabalho é preferível à ociosidade; manter‑se ocupado faz bem.

Faqs

  • Qual é a origem do provérbio?
    A origem exacta é incerta; trata‑se de uma máxima popular transmitida oralmente, comum nas comunidades rurais e urbanas de língua portuguesa.
  • O provérbio deve ser tomado literalmente?
    Não. É uma figura de sentido que valoriza a actividade e combate a ociosidade. Não implica que todo o trabalho seja saudável ou justo.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Ao encorajar alguém a aceitar ocupação útil, para destacar benefícios de manter‑se activo, ou em conversas sobre trabalho e disciplina. Evite‑o ao discutir exploração laboral.
  • O provérbio justifica condições de trabalho precárias?
    Não. Valorizar o trabalho não deve servir de argumento para aceitar condições injustas; direitos laborais e segurança são prioridades.

Notas de uso

  • Usa‑se para incentivar alguém a aceitar ou manter um emprego ou tarefa, valorizando a actividade em vez da preguiça.
  • Não se aplica literalmente — refere‑se a trabalho útil; ignora situações de trabalho prejudicial, exploratório ou exaustivo.
  • Tom e registo: provérbio coloquial, pode soar tradicional ou paternalista em contextos modernos.

Exemplos

  • Quando o meu irmão se queixou de começar um turno extra, eu disse: «O trabalho não azeda — é melhor do que estar em casa sem nada para fazer.»
  • Num debate sobre programas de ocupação, a presidente lembrou: «O trabalho não azeda», defendendo iniciativas que criem emprego e reduzam a ociosidade.

Variações Sinónimos

  • Quem trabalha não perece
  • O trabalho dignifica
  • Quem não trabalha não tem o que comer

Relacionados

  • Quem não trabalha, não come
  • O trabalho dignifica
  • Mais vale um gosto que uma esmola

Contrapontos

  • Nem todo o trabalho é bom — condições abusivas, baixos salários ou riscos para a saúde invalidam o elogio incondicional do trabalho.
  • O provérbio não aborda descanso e equilíbrio: excesso de trabalho pode causar burnout e agravar problemas pessoais e de saúde.
  • Em situações de desemprego estrutural ou falta de oportunidades, o ditado simplifica demasiado a realidade social.

Equivalentes

  • Português
    Quem não trabalha, não come
  • Inglês
    Idle hands are the devil's workshop (equivalente por oposição à ociosidade)
  • Espanhol
    El trabajo no hace daño (equivalente aproximado)
  • Francês
    Le travail ne fait pas de mal (equivalente aproximado)