Puro é o vaso que não azeda o que dentro se lhe deita.
Um recipiente (literal ou figurado) que é íntegro ou adequado não estraga o que lhe é confiado; qualifica a relação entre quem recebe e aquilo que é recebido.
Versão neutra
Puro é o recipiente que não estraga o que nele se deita.
Faqs
- O que significa exactamente 'azeda' neste provérbio?
'Azedar' significa tornar‑se ácido, estragar ou deteriorar. No provérbio aplica‑se tanto ao sentido literal (alimentos azedarem) como ao figurado (corromper, deteriorar moralmente ou socialmente). - Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado para elogiar a integridade ou aptidão de uma pessoa, instituição ou recipiente, quando se quer dizer que essa entidade conserva ou não corrompe o que lhe é confiado. - Este provérbio tem origem conhecida?
Não há origem precisa indicada; trata‑se de um ditado de tradição popular, com linguagem arcaica que sobreviveu na forma proverbial.
Notas de uso
- Usa-se tanto de forma literal (recipientes, alimentos) como figurada (pessoas, instituições, famílias).
- Expressa um juízo positivo sobre integridade, idoneidade ou higiene: o 'vaso' deve ser apropriado para conservar o conteúdo.
- Linguagem de tom tradicional/arcaico; o verbo 'azedar' significa 'tornar-se ácido/estragar'.
- Ao empregar figurativamente, refere-se à capacidade de alguém ou algo para não corromper aquilo que lhe é confiado.
Exemplos
- Daram-lhe a responsabilidade de cuidar das crianças porque, como diz o provérbio, 'puro é o vaso que não azeda o que dentro se lhe deita'.
- No contexto alimentar, um frasco limpo conserva melhor o alimento: um vaso puro não azeda o que guarda.
- Quando escolheram a organização para gerir o fundo, ponderaram a reputação: queriam um 'vaso' que não azedasse o que lhe depositassem.
Variações Sinónimos
- Puro é o vaso que não azeda o que nele se deita.
- O vaso puro conserva o que nele se põe.
- Um bom recipiente guarda e não estraga o conteúdo.
Relacionados
- Pelo fruto se conhece a árvore.
- Diz-me com quem andas, dir‑te‑ei quem és.
- A roupa não faz o monge (apenas parcialmente relacionado: aparência vs essência).
Contrapontos
- Nem sempre o exterior reflecte o interior — aparências podem enganar.
- O recipiente pode ser limpo e ainda assim o conteúdo estragar-se por causas externas.
- A responsabilidade pela qualidade do conteúdo nem sempre é do recipiente; o próprio conteúdo pode estar comprometido.
Equivalentes
- inglês
A pure vessel does not sour what is put into it. - espanhol
Puro es el vaso que no agria lo que en él se pone. - francês
Pur est le vase qui n'aigrit pas ce qu'on y met.