Oh! mar, quem te vira casado!
Exclamação que personifica o mar para expressar admiração ou resignação face ao seu carácter indómito; implica que não se pode domesticar ou tornar estável algo naturalmente inquieto.
Versão neutra
Oh mar, quem te tornaria domado?
Faqs
- O que significa este provérbio?
É uma exclamação que personifica o mar para dizer que algo ou alguém é indómito e difícil de domesticar ou estabilizar. Pode expressar admiração ou resignação. - Posso usar este provérbio no português contemporâneo?
Sim, mas é percebido como de registo mais popular ou arcaizante. Funciona bem em contextos literários, regionais ou coloquiais para enfatizar a ideia de que algo não se deixa controlar. - Aplica‑se apenas ao mar?
Não — emprega‑se metaforicamente para pessoas, hábitos ou situações que se consideram inquietos ou impossíveis de domesticar.
Notas de uso
- Registo: arcaico/popular; frequentemente usado em países e comunidades costeiras.
- Tom: exclamativo; pode transmitir admiração, nostalgia ou resignação conforme o contexto.
- Aplicação metafórica: usa‑se também para pessoas ou situações que são difíceis de «domesticar» ou de manter estáveis.
- Não é uma afirmação literal sobre casamento; é uma figura de linguagem (personificação).
Exemplos
- Quando o pescador anunciou que voltaria ao mar pela décima vez, a irmã suspirou: «Oh! mar, quem te vira casado!» — ninguém o conseguiria prender à terra.
- Ao ver o navio desaparecer no horizonte, o velho repetiu a expressão: «Oh! mar, quem te vira casado», indicando a ideia de que o mar não se deixa dominar.
Variações Sinónimos
- Oh mar, quem te tornaria domado!
- Ah, mar, quem te faria manso!
- Não se doma o mar
Relacionados
- Mar calmo não faz bom marinheiro
- Quem semeia vento, colhe tempestade
- O mar não perdoa
Contrapontos
- Tudo é possível com esforço
- Quem quer, arranja maneira
- Casa faz milagres
Equivalentes
- en
Oh sea, who could make you settled? (approx. "You can't tame the sea" / "You can't change the nature of things") - es
¡Oh mar, quién te hiciera casado! (traducción literal y aproximación: "No se puede domesticar al mar")