Pelo cheiro do tição sabe-se a madeira que queimou.
A partir dos vestígios ou consequências visíveis é possível identificar a causa ou o autor de um facto.
Versão neutra
Peloses vestígios que ficam, percebe‑se o que aconteceu.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer expressar que as provas ou consequências visíveis tornam plausível identificar a causa de um facto, especialmente em contextos coloquiais ou de análise prática. - É o mesmo que «onde há fumo, há fogo»?
São semelhantes: ambos relacionam sinais com causas. Contudo, «onde há fumo, há fogo» sugere existência de causa presente, enquanto o nosso provérbio enfatiza a possibilidade de identificar exatamente a fonte a partir do vestígio. - Quais as limitações do provérbio?
Indica inferência, não prova. Vestígios podem ser ambíguos, manipulados ou fruto de causas múltiplas; é prudente procurar confirmação adicional antes de tirar conclusões definitivas.
Notas de uso
- Usa‑se para transmitir que indícios presentes permitem inferir acontecimentos passados.
- É comum em contextos de avaliação de resultados, investigação ou julgamento por sinais exteriores.
- Implica uma inferência baseada em evidência, não numa prova absoluta.
- Serve tanto para observações práticas (ex.: no trabalho, na ciência) como para julgamentos sociais (ex.: reputação, comportamento).
Exemplos
- Depois de ver as contas alteradas só com despesas pessoais, pelo cheiro do tição sabe‑se a madeira que queimou: a responsabilidade é óbvia.
- No terreno agrícola, quando as plantas estão queimadas de um fungo, pelo cheiro do tição sabe‑se a madeira que queimou — é preciso mudar a cultura ou o tratamento.
- Quando um projeto falha por falta de planeamento, as consequências tornam evidente a causa: pelo cheiro do tição sabe‑se a madeira que queimou.
Variações Sinónimos
- Pelas consequências se conhece a causa.
- Julga‑se pelo resultado.
- Onde há rasto, há caminho.
Relacionados
- Onde há fumo, há fogo.
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- A primeira impressão fica.
Contrapontos
- Vestígios podem enganar: sinais parecidos podem ter causas diferentes (risco de falsa atribuição).
- Nem sempre há informação suficiente para uma conclusão segura — presença de indícios não equivale a prova definitiva.
- Há casos em que os sinais são manipulados ou ambíguos, pelo que a inferência precisa de verificação complementar.
Equivalentes
- espanhol
Por el olor del tizón se sabe la madera que quemó. - inglês
By the smell of the coal one knows what wood burned. - francês
On reconnaît le bois brûlé à l'odeur du charbon. - italiano
Dal tanfo della brace si riconosce quale legno è bruciato.