Quando a desgraça vem, não olha a quem.
As situações infelizes ou acidentes podem atingir qualquer pessoa, sem escolher por condição social, idade ou mérito.
Versão neutra
Quando acontece algo grave, pode afectar qualquer pessoa.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Expressa a ideia de que eventos infelizes, acidentes ou azares podem afectar qualquer pessoa, independentemente de estatuto, mérito ou preparação. - É um provérbio fatalista?
Sim, tende para o fatalismo ao sublinhar a indiscriminação do azar. Contudo, o seu uso pode ser meramente empático ou um alerta para solidariedade, não necessariamente um convite à passividade. - Quando devo usar esta expressão?
Use-a ao comentar acidentes, crises ou infortúnios que atingem pessoas inesperadamente, ou para lembrar a necessidade de apoio mútuo. Evite em contextos onde se pretende enfatizar responsabilidade ou medidas preventivas.
Notas de uso
- Usado para sublinhar a indiscriminação de infortúnios: a ideia de que o azar ou a desgraça não poupam ninguém.
- Registo coloquial e proverbioso; apropriado em conversas informais, comentários jornalísticos ou textos reflexivos.
- Pode transmitir resignação ou apelo à solidariedade (por exemplo, pedir ajuda para vítimas).
- Evitar usar de forma determinista quando se pretende enfatizar prevenção ou responsabilidade — o provérbio foca-se no acaso, não nas medidas que reduzem riscos.
Exemplos
- Depois do incêndio na rua X, os vizinhos lembraram-se de que 'quando a desgraça vem, não olha a quem' e juntaram-se para ajudar a família atingida.
- Num alerta sobre fraude, o perito comentou que 'quando a desgraça vem, não olha a quem' para sublinhar que até pessoas experientes podem ser enganadas.
- Após a queda das acções na bolsa, muitos investidores perceberam que a crise 'não olha a quem' e que diversificar é importante.
Variações Sinónimos
- A desgraça não escolhe dono
- A desgraça não vem avisar
- O azar não escolhe quem
- A infortúnio não poupa ninguém
- A desgraça não faz distinções
Relacionados
- Vale mais prevenir do que remediar (ênfase na prevenção, contraste de atitude)
- Acontece o que tem de acontecer (fatalismo semelhante)
- Depois da tempestade vem a bonança (contraponto optimista)
Contrapontos
- Nem tudo é só azar: planos e precauções reduzem riscos e a probabilidade de desgraças.
- A expressão pode reforçar passividade; em contextos de segurança e gestão de risco é preferível falar de responsabilidade e prevenção.
Equivalentes
- Inglês
Misfortune does not discriminate / Misfortune strikes anyone - Espanhol
La desgracia no mira a quién - Francês
Le malheur ne choisit pas - Alemão
Unglück wählt seine Opfer nicht