Quando não há, até o rei perde.

Quando algo falta, mesmo os mais poderosos são prejudicados — a escassez não respeita estatuto.

Versão neutra

Quando falta algo, até as pessoas mais poderosas podem ser prejudicadas.

O que significa exatamente este provérbio?
Significa que a falta de um recurso ou bem afecta todos, independentemente do estatuto social ou poder: a escassez nivela, em certa medida, as diferenças.
Quando devo usar este provérbio?
Use-o quando pretende enfatizar que um problema de falta tem impacto geral — por exemplo, escassez de água, de fundos, de matérias-primas ou de pessoal.
É ofensivo usar este provérbio em relação a uma pessoa específica?
Normalmente não é ofensivo; é uma observação geral. Contudo, como com qualquer provérbio que menciona desigualdade, o contexto e o tom determinam se soa crítico ou sarcástico.
Tem origem documental conhecida?
Não há registo de autor específico; trata-se de um provérbio popular transmitido oralmente e presente na tradição de língua portuguesa.

Usa-se para salientar que uma falta ou limitação afeta pessoas de todas as classes sociais.
Registo: coloquial e proverbial; adequado em conversas informais, comentários sociais ou textos de opinião.
Tom: pode ser usado de forma neutra ou crítica, dependendo do contexto (por exemplo, crítica a desigualdades ou a má gestão).
Não é literal: refere-se a bens, recursos, oportunidades ou capacidades, não apenas a objectos físicos.

Com a escassez de combustível durante a greve, até os políticos tiveram de reduzir deslocações — quando não há, até o rei perde.
Na empresa houve uma falha nos sistemas de pagamento; mesmo os gestores perceberam que, quando não há dinheiro, até o rei perde.

Nem sempre as consequências são iguais: privilégios e reservas (finanças, influência) podem atenuar o efeito da escassez para alguns.
Em contextos históricos, autoridades por vezes garantiram recursos prioritariamente para si, pelo que a máxima é mais uma regra geral do que uma lei universal.