Quando o rio não faz ruído, ou não leva água, ou vai crescido.
O silêncio exterior pode indicar ausência (seca) ou perigo (cheia); não julgar apenas pelas aparências.
Versão neutra
Quando o rio está calmo, ou tem pouca água, ou vai muito cheio.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para aconselhar prudência quando uma situação ou comportamento parecer excessivamente calmo ou inexplicável. É uma chamada à verificação de factos antes de tirar conclusões. - O provérbio tem conotação negativa?
Nem sempre. Sugere cautela: o silêncio pode significar ausência ou risco. A interpretação depende do contexto. - Tem origem rural ou técnica?
Tem origem popular e rural, ligada à observação de rios: o ruído e o caudal fornecem pistas sobre a quantidade de água e o perigo de cheia. - Posso aplicar este provérbio a pessoas reservadas?
Pode, mas com cautela. Aplicá-lo a pessoas pode ser injusto se a calma for simplesmente traço de carácter; melhor verificar sinais adicionais.
Notas de uso
- Usado como aviso para ter cautela quando algo ou alguém parece demasiado calmo.
- Emprega-se metaforicamente para pessoas, projectos, mercados financeiros ou situações que aparentam tranquilidade.
- Não implica sempre maldade — refere-se a duas possibilidades opostas: ausência de actividade ou acumulação de risco.
- Contextualizar: em zonas ribeirinhas a ausência de ruído pode significar pouca água; em clima emocional, silêncio pode significar contenção ou perigo.
Exemplos
- Na reunião, todos ficaram calados; o chefe recordou o provérbio: quando o rio não faz ruído, ou não leva água, ou vai crescido — é preciso verificar factos antes de decidir.
- Ela pareceu tranquila durante semanas, mas acabámos por confirmar que tinha acumulado muito trabalho; o provérbio explicou bem a situação.
- No mercado, a estabilidade aparente pode ocultar problemas; investidores prudentes lembram-se: quando o rio não faz ruído, ou não leva água, ou vai crescido.
Variações Sinónimos
- Quando o rio está calmo, ou corre pouco, ou vai muito cheio.
- Águas calmas escondem correntes.
- Rio calmo, perigo à vista.
Relacionados
- Águas calmas escondem correntes
- Mais vale prevenir do que remediar
- Não julgar pela aparência
Contrapontos
- Nem sempre o silêncio indica perigo; um rio pode estar calmo por ausência de chuva e não representar risco.
- Pessoas reservadas ou ambientes tranquilos nem sempre escondem problemas — a calma também pode ser sinal de estabilidade.
- Aplicar o provérbio sem verificação pode levar a leituras excessivamente cínicas ou a medidas desnecessárias.
Equivalentes
- inglês
Still waters run deep. - espanhol
Las aguas tranquilas corren profundas. - francês
Les eaux calmes sont profondes. - alemão
Stille Wasser sind tief. - italiano
Le acque tranquille sono profonde.