Quando um não quer, dois não brigam.

Quando um não quer, dois não brigam. 
 ... Quando um não quer, dois não brigam.

Se uma das partes se recusa a entrar em confronto, a disputa não chega a acontecer.

Versão neutra

Se uma das pessoas não quiser entrar em confronto, a disputa não acontece.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o para encorajar alguém a não responder a provocações e para lembrar que muitos conflitos dependem da participação voluntária de ambas as partes. É adequado em contextos de mediação, conselhos pessoais e prevenção de discussões.
  • Este provérbio incentiva a passividade perante injustiças?
    Nem sempre. O provérbio refere‑se sobretudo a evitar confrontos desnecessários. Em casos de injustiça, abuso ou violação de direitos, a recusa em confrontar pode não ser apropriada; aí são necessários outros meios (apoio, denúncia, ação legal).
  • Aplica‑se em todos os contextos?
    Não. Funciona melhor em situações de conflito interpersonal onde ambas as partes têm escolha. Em conflitos estruturais, colectivos ou com desequilíbrio de poder, uma só recusa pode não impedir a luta.

Notas de uso

  • Usa‑se para aconselhar a evitar a escalada de conflitos e para lembrar que o desentendimento exige a cooperação de ambas as partes.
  • Frequentemente empregado por mediadores, familiares ou amigos para apaziguar uma situação tensa.
  • Pode ser usado de forma literal (recusa física de brigar) ou figurada (recusa em discutir, em responder a provocações).
  • Não elimina responsabilidades: se uma parte insiste em exercer poder, violência ou coercção, a recusa do outro pode não impedir o conflito.

Exemplos

  • Quando o colega tentou provocar uma discussão, o André não respondeu — quando um não quer, dois não brigam, e acabaram por resolver o assunto calmamente.
  • Na reunião familiar, a Mariana preferiu não reagir às acusações; tinha presente que, quando um não quer, dois não brigam, e isso evitou uma cena maior.

Variações Sinónimos

  • Se um não quer, não há briga.
  • Quando um se recusa, a briga não acontece.
  • Não há luta sem vontade de ambos.

Relacionados

  • Mais vale prevenir do que remediar (evitar escalada)
  • Antes só do que mal acompanhado (evitar conflitos com más companhias)
  • Quem provoca, arrisca‑se a receber resposta (sobre responsabilidade na provocação)

Contrapontos

  • Em situações de violência, abuso ou coerção, a recusa de uma das partes nem sempre impede o conflito — o poder assimétrico pode forçar o confronto.
  • Silêncio ou recusa podem ser interpretados como cumplicidade ou fraqueza, e por vezes agravar a situação se não houver outro mecanismo de proteção.
  • O provérbio pressupõe que ambas as partes têm capacidade de escolha; não se aplica bem quando factores externos (leis, terceiros, estruturas) obrigam ao conflito.

Equivalentes

  • español
    Cuando uno no quiere, dos no pelean.
  • english
    If one does not want to fight, there is no fight.

Provérbios