Quem anda por casa alheia, leva fama de faminto.
Frequentar muito a casa (ou os bens) dos outros cria a reputação de ser interesseiro ou pendurado.
Versão neutra
Quem frequenta muito a casa dos outros acaba por passar por interesseiro.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Quer dizer que quem recorre frequentemente à casa ou à generosidade de outras pessoas corre o risco de ficar com a imagem de alguém que só quer aproveitar-se. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se ao advertir alguém sobre comportamentos que podem prejudicar a sua reputação — por exemplo, pedir favores repetidamente sem retribuir. - É ofensivo dizer isto a alguém em dificuldades?
Pode ser insensível. O provérbio critica um padrão de comportamento, não a necessidade. É melhor evitar em situações de vulnerabilidade e optar por expressões mais empáticas.
Notas de uso
- Usa-se para advertir alguém sobre as consequências reputacionais de depender ou aproveitar-se frequentemente dos outros.
- Registo: coloquial, comum em contextos familiares e comunitários; pode soar moralizador.
- Não é literal: refere-se sobretudo a juízos sociais e a boatos, não a fome física.
- Evitar usar de forma ofensiva contra pessoas em situação económica vulnerável; o provérbio critica comportamento e reputação, não descreve causas sociais.
Exemplos
- Depois de meses a aparecer só quando havia refeições, começaram a dizer: «Quem anda por casa alheia, leva fama de faminto».
- Se só vais aos jantares quando queres algo, não te admires com comentários — quem anda por casa alheia, leva fama de faminto.
- A avó advertiu-os: 'Se entrassem sempre sem oferecer nada, a vizinhança diria que andam por casa alheia; leva fama de faminto.'
Variações Sinónimos
- Quem anda em casa alheia, fica com fama de faminto.
- Quem vive à conta dos outros cria fama.
- Quem muito recorre à casa do vizinho, arrisca-se a ser visto como interesseiro.
Relacionados
- Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és
- A primeira impressão é a que fica
Contrapontos
- Frequentar a casa dos outros pode ser sinal de boa relação, solidariedade ou necessidade, não necessariamente de interesse.
- Julgar a reputação de alguém apenas por comportamento observável é redutor e pode ser injusto.
- Em contextos de apoio comunitário, partilhar refeições não deve ser estigmatizado.