Quem boa cama faz, nela se deita

Quem boa cama faz, nela se deita.

As consequências resultam das próprias acções: quem cria as condições para algo também terá de suportar os resultados.

Versão neutra

Quem cria as condições para algo, deve aceitar as consequências daí resultantes.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que somos responsáveis pelas consequências das nossas próprias acções: se criarmos uma situação, teremos de aceitar o que dela decorrer.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Emprega‑se para advertir alguém sobre as consequências previsíveis das suas escolhas ou para comentar que alguém está a sofrer pelos seus próprios actos. Evite‑o quando a responsabilidade não é pessoal.
É um provérbio polémico ou ofensivo?
Pode ser percebido como acusatório se usado para culpar alguém por problemas que não foram causados apenas por essa pessoa; por isso convém cuidado no tom e no contexto.

Usa-se para lembrar responsabilidade pessoal pelas consequências das próprias decisões ou actos.
Tonality: geralmente admonitório ou didáctico; pode ser usado em tom crítico quando se aponta culpa a alguém.
Contextos comuns: moralização, conselhos práticos, comentários sobre decisões profissionais ou pessoais.
Evitar usar quando o resultado se deve a factores externos ou injustiças, para não culpar indevidamente alguém.

O gerente ignorou os avisos e escolheu um fornecedor barato; agora que houve problemas de qualidade, lembrei‑lhe: 'Quem boa cama faz, nela se deita.'
Se decidires cortar custos na manutenção, corres o risco de avarias; quem boa cama faz, nela se deita.
Ela passou anos a negligenciar a saúde; quando surgiram problemas, a família disse que era consequência das opções tomadas — quem boa cama faz, nela se deita.

Nem todas as consequências são exclusivamente resultado das escolhas individuais; factores externos, azar ou injustiças sociais podem influenciar o resultado.
Usar o provérbio para justificar falta de apoio ou ignorar responsabilidade colectiva pode ser injusto.
Em contextos de risco científico, médico ou económico, nem sempre 'fazer boa cama' garante controlo total sobre os resultados.