Quem caracóis come em Abril, apanha cera e panil (mortalha).
Adverte contra o risco de adoecer ou sofrer consequências graves ao consumir caracóis em abril; metaforicamente, alerta para os perigos de agir precipitadamente ou fora de tempo.
Versão neutra
Quem come caracóis em abril arrisca-se a adoecer; isto é, agir fora de tempo pode ter consequências graves.
Faqs
- O que significa 'panil' neste contexto?
'Panil' é uma palavra antiga/regionalequivalente a mortalha; aqui reforça a ideia de consequências mortais ou rituais fúnebres associadas ao aviso. - É verdade que comer caracóis em abril faz mal?
O provérbio reflete experiências tradicionais: o risco depende da época, da higiene e da confeção. Malcozidos ou malconservados, os caracóis podem causar intoxicações, mas não é uma regra automática. - Quando usar este provérbio?
Use-o como advertência jocosa ou séria sobre precipitação e riscos evitáveis, tanto em questões alimentares como em decisões apressadas.
Notas de uso
- Usa-se tanto no sentido literal (aviso sobre alimentação e risco sanitário) como metafórico (cautela antes de decisões precipitadas).
- Registo popular e regional; pode soar arcaico por palavras como 'panil' ou pelo tom fatalista.
- A referência a 'cera' e 'mortalha' dramatiza a consequência (ritos fúnebres), não sendo necessariamente uma previsão literal de morte.
Exemplos
- Literal: 'Não comas esses caracóis agora — quem come caracóis em abril pode ficar mal; espera pela época certa e cozinha-os bem.'
- Figurado: 'Queres lançar esse produto sem testes? Lembra-te do provérbio: quem come caracóis em abril, apanha cera e panil — é melhor adiar e prevenir problemas.'
Variações Sinónimos
- Quem come caracóis em abril arrisca-se a adoecer.
- Comer caracóis em abril pode ter consequências graves.
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar.
- Quem semeia ventos colhe tempestades.
Contrapontos
- Muitos riscos atribuídos ao provérbio são mitigáveis com boas práticas de higiene e confeção dos alimentos; o perigo depende da preparação e da origem dos caracóis.
- Como provérbio popular, serve mais como aviso prudencial do que como declaração científica; a literalidade fatalista pode estar exagerada.
Equivalentes
- inglês
Better safe than sorry. - francês
Mieux vaut prévenir que guérir. - espanhol
Mejor prevenir que curar.