Quem com o mal trata, sempre se lhe apega.
Associar-se ou conviver com pessoas, hábitos ou práticas nocivas tende a influenciar e corromper quem o faz.
Versão neutra
Quem convive com o mal acaba por ser influenciado por ele.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se para alertar alguém sobre os riscos de se associar a pessoas ou práticas nocivas, especialmente quando há tendência a imitação ou contágio moral. - Significa que qualquer contacto com o mal torna-nos maus?
Não. O provérbio indica uma tendência: a convivência prolongada ou a aceitação repetida de práticas nocivas aumenta o risco de sermos influenciados, mas não é determinista. - Há exceções em que tratar com o mal é justificável?
Sim. Em contextos como negociações para evitar danos maiores, infiltração controlada por autoridades ou esforços de reabilitação, pode ser necessário lidar com pessoas ou práticas problemáticas, com precauções. - É um provérbio moralista?
Tem um carácter moral e preventivo, pois serve como conselho para manter distância de influências negativas; a sua aplicação deve considerar o contexto e as consequências.
Notas de uso
- Advertência moral: usado para avisar contra a companhia ou práticas que podem ter efeitos negativos.
- Aplica-se a indivíduos, hábitos (ex.: vícios), ambientes de trabalho e decisões éticas.
- Pode ser empregado em contextos pessoais (amizades), profissionais (corrupção) ou sociais (tolerações perigosas).
- Não é uma regra científica absoluta; descreve tendência de influência e risco de contágio moral ou prático.
Exemplos
- O patrão fechou os olhos a pequenas irregularidades e, com o tempo, o departamento ficou corrompido — quem com o mal trata, sempre se lhe apega.
- Se um jovem passa todo o tempo com quem usa drogas, há uma grande probabilidade de ele acabar por experimentar — é um caso de quem com o mal trata, sempre se lhe apega.
- Ao negociar constantemente com fornecedores que evitam regras, a empresa passou a aceitar práticas duvidosas; convém lembrar o ditado.
- Tentou 'liquidar' dívidas com atalhos ilegais e acabou envolvido em problemas; tratar com o mal trouxe-lhe consequências.
Variações Sinónimos
- Quem anda com ladrões tornar-se-á ladrão.
- Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és.
- Quem com o Diabo se deita com as pulgas se levanta.
Relacionados
- Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
- O fruto não cai longe do pé.
- Quem semeia ventos colhe tempestades.
Contrapontos
- Conviver com pessoas de conduta má pode, por vezes, ser uma estratégia para as influenciar positivamente ou para obter informação útil (ex.: infiltração controlada por autoridades).
- Existem situações éticas complexas em que tratar com agentes moralmente questionáveis é necessário para proteger bens maiores (ex.: acordos políticos ou negociações de paz).
- A expressão descreve tendência, não destino inevitável — nem toda interação com o mal conduz automaticamente à corrupção pessoal.
Equivalentes
- inglês
He who lies down with dogs, gets up with fleas. / Lie down with dogs, wake up with fleas. - espanhol
Quien con perros se acuesta, con pulgas se levanta.