Quem semeia em caminhos, cansa os bois e perde o trigo.
Gastar trabalho ou recursos no sítio ou momento errado é desperdício e produz pouco ou nenhum resultado.
Versão neutra
Quem semeia no caminho cansa os bois e perde o trigo. (Paráfrase: Investir esforço no lugar errado é desperdício.)
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para criticar ou advertir quando se está a empregar recursos — tempo, dinheiro, mão‑de‑obra — num esforço mal dirigido, ou quando falta planeamento. - Significa que nunca se deve arriscar?
Não; o provérbio sublinha a importância de escolher bem onde e como aplicar o esforço. Não exclui o risco calculado ou a persistência quando há possibilidade real de sucesso. - Tem origem bíblica ou literária?
Não há prova de origem bíblica directa; a imagem vem da experiência agrícola e da tradição oral rural, embora ideias semelhantes apareçam em muitas culturas. - É apropriado para contextos formais?
Sim, em contextos formais pode ser usado com parcimónia para ilustrar desperdício de recursos, desde que o público compreenda a referência proverbiale.
Notas de uso
- Usa‑se para advertir contra esforços mal direccionados, má planificação ou desperdício de meios.
- Aplica‑se tanto em contextos literais (agricultura) como metafóricos (trabalho, investimento, gestão de tempo).
- Implica uma crítica prática: não basta trabalhar; é preciso escolher bem o local, o tempo e o método.
Exemplos
- Na reunião de projecto, o gerente lembrou: «Não insistam em enviar propostas a quem já recusou — quem semeia em caminhos, cansa os bois e perde o trigo.»
- O agricultor explicou ao aprendiz que plantar junto à estrada não dava colheita: «Quem semeia em caminhos, cansa os bois e perde o trigo.»
- Antes de gastar mais dinheiro em publicidade genérica, pensem no público‑alvo; de outra forma, estarão a semear em caminhos e a perder o trigo.
Variações Sinónimos
- Semear onde o vento leva
- Desperdiçar esforço
- Amontoar trabalho no lugar errado
- Não vale a pena trabalhar sem estratégia
Relacionados
- Quem semeia vento, colhe tempestade (difere no sentido: causa consequências)
- Não se pode colher onde não se semeou (sobre causa e efeito)
- Mais vale prevenir do que remediar (incide sobre poupar esforço com bom planeamento)
Contrapontos
- Quem não arrisca não petisca — lembra que, por vezes, arriscar é necessário para obter resultados.
- A persistência vence — nalguns casos, insistir num projecto traz fruto, mesmo após insucessos iniciais.
Equivalentes
- inglês
To throw good money after bad / To beat a dead horse (expressões que indicam esforço/despesa inútil). - espanhol
Sembrar en el camino y perder la cosecha (equivalente literal usado em variantes regionais). - francês
Perdre son temps (perder tempo) — expressão mais geral sobre esforço inútil.