São dez cães a um osso

Muita gente a disputar algo que é pouco; competição intensa por um recurso escasso.

Versão neutra

Muitas pessoas disputam um único recurso escasso.

O que significa exatamente este provérbio?
Significa que há muitas pessoas a disputar algo que é em quantidade insuficiente, levando a competição e, por vezes, a conflito.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Em contextos informais ou jornalísticos para ilustrar situações de procura superior à oferta: vagas, recursos sociais, oportunidades limitadas.
É um provérbio ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo; descreve uma situação. Pode ser interpretado como crítico se aplicado a grupos específicos, pelo que convém cuidado no uso.
Tem origem rural?
Sim — a imagem dos cães e do osso remete para um imaginário rural comum em muitos provérbios, mas a origem exacta é incerta.

Usa-se para descrever situações em que há mais interessados do que aquilo que está disponível (empregos, bolsas, lugares, donativos).
Tem um tom observacional e, por vezes, crítico — sublinha desigualdade ou injustiça na distribuição.
É coloquial e adequado em conversas informais, crónicas ou comentários sociais; em contextos formais é preferível uma formulação neutra.

Na pequena empresa havia apenas uma promoção este ano — são dez cães a um osso entre os candidatos.
Na distribuição das ajudas para os sem-abrigo notou-se que havia mais procura do que oferta; foi realmente 'são dez cães a um osso'.
Nas eleições internas do clube, com apenas um lugar na direção, a campanha ficou tensa: são dez cães a um osso.

A união faz a força — cooperação pode ser mais eficaz do que competição.
Partilha equitativa evita conflitos: uma distribuição justa reduz a sensação de injustiça.
Planeamento e aumento da oferta resolvem o problema estrutural da escassez.