Tabardo e botas cobrem as costas.

Tabardo e botas cobrem as costas.
 ... Tabardo e botas cobrem as costas.

Afirma que o essencial no vestuário protege e chega para enfrentar as necessidades imediatas; pode também notar que a aparência exterior oculta carências ou defeitos.

Versão neutra

O tabardo e as botas bastam para cobrir as costas.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa‑se para dizer que o essencial (roupa, ferramentas básicas) é suficiente para enfrentar uma situação imediata, ou ironicamente para criticar avaliações superficiais baseadas na aparência.
  • Significa que basta estar bem vestido para tudo?
    Não necessariamente; embora a expressão reconheça o papel protector ou representativo do vestuário, também é comum usá‑la para sublinhar que a aparência pode ocultar problemas, não os resolver.
  • É um provérbio ainda usado em Portugal?
    É de registo mais tradicional/arcaico e menos comum no português contemporâneo urbano, mas ainda aparece em contextos regionais, literários ou em linguagem figurada.

Notas de uso

  • Usa‑se para sublinhar contentamento com o que é essencial — o básico garante proteção ou dignidade mínima.
  • Emprega‑se ironicamente para criticar julgamentos baseados na aparência: algo exterior pode dissimular faltas mais profundas.
  • É uma expressão de registo popular e algo arcaico; aparece mais em contextos rurais ou em textos antigos.
  • Não deve ser tomada como um conselho literal perante necessidades complexas (saúde, pobreza extrema).

Exemplos

  • Depois da viagem, contente com o que tinha, disse que um tabardo e botas cobriam as costas e já não exigia mais conforto.
  • Ao verem o candidato bem vestido, muitos esqueceram a sua inexperiência — um tabardo e botas cobrem as costas, mas não substituem competência.
  • Recusou o luxo e aceitou o trabalho simples; para ele, tabardo e botas cobriam as costas enquanto juntasse dinheiro.

Variações Sinónimos

  • Tabardo e botas bastam
  • Tabardo cobre as costas
  • Com o essencial chegamos
  • O básico protege

Relacionados

  • A roupa faz o homem (semelhante na ênfase na aparência)
  • Não julgues pela capa (coloca-se em oposição quando se alerta contra aparências)
  • Quem tem pouco, dá o que tem (ligado à ideia de contentamento com o essencial)

Contrapontos

  • Aparência não substitui competência ou caráter — um bom traje não resolve falta de qualificação.
  • Vestuário básico não resolve problemas estruturais como fome ou doença.
  • Reduzir tudo ao exterior pode levar a avaliações erradas das pessoas e das suas capacidades.

Equivalentes

  • inglês
    Clothes make the man (ênfase na importância do vestuário; similar em parte)
  • espanhol
    El hábito no hace al monje (formas contrárias: alerta de que o traje não define a pessoa)
  • francês
    L'habit ne fait pas le moine (equivalente ao espanhol; contraponto habitual)