Tudo quanto vem é ganho.

Expressa a ideia de que aquilo que se recebe, por pequeno que seja, deve ser visto como lucro ou motivo de contentamento.

Versão neutra

Tudo o que chega é um ganho.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer expressar gratidão ou satisfação por algo que se recebeu, mesmo que modesto, ou para consolar alguém por um ganho menor em vez de focar nas perdas.
Tem conotação positiva ou negativa?
Depende do contexto: pode ser positivo (valorizar o que se tem) ou usado com ligeira resignação. Pode também ser crítico se usado para justificar aceitar condições prejudiciais.
Posso usar num texto formal?
Em textos formais, recomenda‑se explicar o provérbio ou optar por uma formulação neutra, como “qualquer ganho deve ser valorizado”, para evitar ambiguidade.

Usa‑se para encorajar gratidão ou contentamento perante ganhos modestos ou inesperados.
Pode ter tom resignado (aceitar o que surge) ou positivo (valorizar pequenas conquistas), consoante o contexto e a entoação.
Registo coloquial; frequente em contextos rurais ou familiares, menos adequado em escrita formal sem explicação.
Não deve justificar aceitar condições injustas ou explorar‑se a generosidade alheia — requer avaliação do que é recebido.

Perdemos alguns clientes este mês, mas conseguimos outros; tudo quanto vem é ganho — pelo menos não ficámos pior.
Quando me ofereceram aquele pequeno trabalho extra, pensei: tudo quanto vem é ganho, vou aceitar para ajudar nas despesas.

Nem tudo o que vem é realmente vantajoso — algumas ofertas podem ter custos ocultos ou obrigar a compromissos prejudiciais.
Usado sem critério, o provérbio pode incentivar passividade perante injustiças ou más condições de trabalho.
Não dispensa avaliação racional: receber algo não significa automaticamente que seja serve os nossos interesses a longo prazo.